A Esclerose Sistêmica, também conhecida como Esclerodermia, é uma doença autoimune crônica caracterizada pelo endurecimento e espessamento da pele e tecidos conjuntivos. Essa condição pode afetar órgãos internos, incluindo pulmões, coração, rins e trato gastrointestinal, tornando seu manejo clínico complexo e multifacetado.
Os sintomas iniciais da Esclerose Sistêmica frequentemente incluem o fenômeno de Raynaud, onde os dedos das mãos e dos pés mudam de cor (branco, azul e vermelho) em resposta ao frio ou ao estresse. Outros sinais precoces são o espessamento e endurecimento da pele, particularmente nas mãos e no rosto. Pacientes também podem experimentar dificuldades para engolir, sensação de falta de ar, artralgia (dor nas articulações) e fadiga extrema.
A etiologia da Esclerose Sistêmica ainda não é completamente compreendida, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais desempenhem um papel crucial. O diagnóstico precoce é fundamental e é realizado através de uma combinação de exame físico, histórico médico detalhado e testes laboratoriais específicos, incluindo anticorpos antinucleares (ANA/ FAN) e outros autoanticorpos associados, além do exame conhecido como capilaroscopia periungueal (que avalia a microcirculação – precocemente envolvida nesta doença)
O acompanhamento regular com um reumatologista é essencial para o manejo eficaz da Esclerose Sistêmica. Este acompanhamento permite a monitorização contínua da progressão da doença e a adaptação dos tratamentos, que podem incluir imunossupressores, anti-inflamatórios e terapias específicas para os órgãos afetados. Além disso, a abordagem multidisciplinar é frequentemente necessária para abordar as diversas manifestações da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.